Páginas

domingo, 19 de junho de 2011

O discurso do Rei

Vi hoje, só hoje, o filme o discurso do Rei.

Saber contar esta história é dar-nos a face humana, a luta interna que acompanha a luta externa. Tornar um personagem à uma distante e próximo. Distante porque navega uma nau tão maior que a nossa e tão maior que nós e próximo porque é igualmente gelado o ar que corta e salgadas as vagas que varrem o convém desse destino.

Quando os nossos filmes retratam a classe alta, a de hoje e a de ontem, são incapazes de ver além dos clichês que uma esquerda banal e sem honra transporta às costas. Retratam bonecos vazios, apessoados ao estilo de manequins, sempre femininos nos maneirismos mesmo que sempre maus, teatrais e sem mérito para além da conta bancária que herdaram.

O que faz o rei ser Rei neste filme é ter um povo majestático. Não é no rosto do rei que se vê o imperador é no espelho dos olhos dos seus súbditos quando se levantam à sua passagem.

Sem comentários:

Enviar um comentário